Tentações sem limites (Capítulo 3)

***

-Aonde eu vou dormir, Arthur? –o mesmo se virou rapidamente dando de cara com Lua.

-Ui, que susto. –ele pôs a mão no peito e se aproximou dela. –Não temos muitos quartos aqui...

-Tem colchão?

-Não.

-Nada?

-Não.

-Eu durmo no quarto da Katê. –ia saindo mas Arthur a puxou.

-Não tem colchão.

-Droga! -pestanejou ela.

-Dorme aqui. –ela rapidamente olhou para ele com aqueles olhos castanhos 

brilhantes. Os mais bonitos que Arthur já vira.

-Mas é claro que não. –ela disse calma.

-Vai dormir aonde então? –ele perguntou cruzando os braços na frente do peito.

-No... no... –procurava algum lugar, mas nada de encontrar alguma solução. –

Droga! Eu não sei.

-Você vai dormir aqui.

-Não quero dormir perto de você. –dessa vez ela disse com a voz meio enojada.

-Ou dorme comigo, ou no chão duro.

-Prefiro dormir no chão duro! –o encarou dizendo calmamente entre dentes.

-Ah, você prefere? –foi irônico se aproximando dela ainda com os braços 

cruzados sobre o peito.

-Sim! –disse sem hesitar um músculo sequer.

-Tá bom. –ele concordou saindo de perto dela e indo até algum lugar não 

identificado por Lua. –Bom, -começou ele. –Aqui está suas coisas –disse com 

uma bolsa em mãos. –E aqui está a chave do meu quarto. –ele rapidamente 

trancou a porta e Lua arregalou os olhos.

-Arthur! O que está fazendo? –se exaltou falando um pouco mais do que devia.

-Calada! –ele pôs o dedo indicador sobre os lábios macios.

-Você não me manda calar a boca! –retirou o dedo dele de lá rapidamente.

-Tá bom! Grite! Grite e acorde a Katherine! –Lua abaixou as pálpebras e cruzou 

os braços.

-Você vai dormir aqui comigo –ela ia interrompê-lo, mas ele continuou. –E não 

quero saber de reclamações! –ele impôs.

-Cretino! –ela pegou sua bolsa das mãos dele com velocidade e nenhuma 

delicadeza e entrou no banheiro que ficava no quarto de Arthur. Ele sorriu 

satisfeito ao vê-la entrar. Pelo menos não se incomodaria dela estar dormindo no 

chão.

Lua se amaldiçoava por ter esquecido a toalha em casa. Maldita cabeça que só 

pensava em chegar aqui logo! E agora, o que ela faria? Se enxugaria com a 

toalha de rosto? Mas é claro que não! Sua única opção era optar pela ajuda de 

Arthur.

Saiu do box e foi caminhando até a porta. Abriu-a e pôs a cabeça para fora.

-Arthur? –sussurrou baixo chamando por ele. Nada foi ouvido. Ele só podia estar 

lá em baixo preparando algo, ou sei lá o quê.

Abriu a porta por inteiro e foi caminhando com passos de criminosa. Sem sequer 

tentar no máximo fazer algum barulho. Abriu o guarda-roupa e saiu à procura de 

alguma toalha. Remexia tudo! Mas aqui era uma grande bagunça. Como poderia 

encontrar algo para se enxugar ali?

-Lua? –uma voz masculina atingiu seus tímpanos fazendo-a se virar rapidamente 

pegando qualquer tipo de pano que estava à sua frente e se cobrindo gritando 

em seguida. –O que tá fazendo? –ele perguntou malicioso cruzando os braços 

mais uma vez.

-Pro...procurando uma... toalha. –gaguejou e Arthur se aproximando.

-Poderia ter me pedido.

-Você não estava aqui. –ela disse baixo.

-Não, sério! Você iria pedir minha ajuda assim mesmo? –ele perguntou surpreso.

-Eu teria que me enxugar com alguma coisa, né idiota!

Por um segundo, Arthur quis cantá-la, mas deixou pra lá. Lua não estava pra 

brincadeira. Talvez era melhor entregar uma toalha para ela de uma vez por 

todas... Mas seu orgulho foi maior. Precisava ver aquele magnífico corpo de 

novo.

-Eu não me importaria de ter você toda molhadinha pra mim. –ele disse se aproximando.

-Sai daqui, Arthur! –gritou o afastando.

-Você só tenta controlar mesmo, né? Resistir tá difícil hoje em dia.

-Pare de falar bobeira e me entregue uma toalha! –exclamou falando mais alto.

-Tá bom senhorita. –ele se aproximou mais um pouco dela e ela se afastou 

rapidamente. –Acalme-se. Só vou pegar a toalha para você, querida. –ele 

remexeu no guarda-roupa e achou uma toalha. –É minha. Tem algum problema 

com isso? Tem claustrofobia com o meu cheiro, ou algo assim? –ele provocou e 

ela apanhou a toalha rapidamente de suas mãos e adentrando no banheiro.

Ele não obteve a sensação de rir.

...CONTINUA!...

Preciso de comentários!

Estou escrevendo pouco

porque estou sem tempo. me desculpem!