Autora: Juliana Carvalho
Status: Finalizada
Revisada por: Cáa
Categoria: McFLY Fics
Sub-Categoria: Shortfic
Blog aonde peguei a web/Creditos: TTens RBR Forever
Muito obrigada Karol por deixa-lá postar aqui.
Lua's POV
Eu estava com um vestido lilás – eu queria que
fosse roxo – um pouco acima do joelho, balonê e tomara-que-caia. Uma sandália
preta de salto. A maquiagem estava um pouco leve, meu cabelo estava solto com
alguns cachos feitos nas pontas.
Bufei emburrada, eu poderia ter me livrado desse
baile.
– Oh, você está linda filha. – Minha mãe disse
entrando no quarto. – O Arthur está lá embaixo te esperando. Ele tá um
broto.
– Broto? O que é broto mãe?
– Ah, você sabe. – Ela disse rindo. – Agora vai.
Não deixe o rapaz esperando por muito tempo. Divirtam-se!
– Tchau mãe. – Eu disse saindo do quarto.
Tentei ir o mais devagar possível para a sala, mas
o nervosismo só me fez ir mais rápido. Meu coração parecia que ia sair pela
boca. O que estava acontecendo comigo?
Arthur estava na sala conversando com Paul. Ele
balança os pés inquietamente enquanto Paul falava alguma coisa sobre o seu
primeiro Baile de primavera.
Arthur estava perfeitamente arrumado, mas seu
cabelo continuava bagunçado como de costume. Um sorriso escapou dos meus
lábios, ele poderia ser menos encantador.
Um sorriso brotou dos lábios dele quando me viu.
– Você está linda. – Ele disse.
– Você não tem espelho em casa, não? – Eu disse
brincando.
– Tenho. – Ele disse. – Mas vai ser legal ouvir
isso de você.
– Você também está lindo. – Eu disse corando.
– Rebelde!
– Insuportável!
– Vamos?
– C’mon!
– Tchau garotos. Divirtam-se. – Paul disse.
– Tchau Paul.
– Sabe o que o Paul tava lembrando? – Tom me
perguntou.
– O quê?
– O dia em que a gente se conheceu. – Ele disse
rindo.
– Oh sim, minha mãe falou tanto sobre esse dia que
ela deveria escrever uma história contando sobre isso.
FlashBack
Incrível como minha mãe era persistente. Ela queria
que eu fizesse novos amigos a todo custo, como se fosse a coisa mais fácil do
mundo. Eu não era do tipo de garota que diz “Oi, quer ser meu amigo?” para
qualquer um.
E minha mãe disse que eu ia me divertir em uma
“simples reunião de vizinhos”.
Bufei completamente irritada e entediada. Queria
subir e me trancar no quarto, mas minha mãe estava de olho em mim.
– Pelo o que eu estou vendo, não sou o único
entediado aqui. – Tirei meu olhar da parede (que naquele momento era mais
interessante do que ficar olhando aquele povo) e direcionei meu olhar para o
dono daquela voz. – Oi, eu sou Arthur Aguiar, seu vizinho, e eu acho
que a gente tem aula de matemática juntos.
– Oh sim. – Eu disse me lembrando dele. Arthur
era um dos garotos populares do colégio. De fato, a gente tinha aula de
matemática juntos, ele passava a aula toda dormindo ou então jogando bolinhas
de papel nos nerds.
– Olá, sou Lua Blanco, mas pode me chamar
de...
– Luinha. – Ele completou. – Pelo o que eu
sei, era pra você estar se divertindo. – Ele disse. – Sua mãe fez a festa
exatamente para isso.
– Eu sei, mas...
– Desculpe. – Ele me interrompeu. – Sei que não
deveria estar me
metendo. Mas sua mãe está muito preocupada com
você, ela e minha mãe se tornaram amigas.
– Eu sei o quanto minha mãe está preocupada comigo.
– Eu disse. – Mas é difícil. Não foi fácil sair do Brasil, eu tinha amigos
lá...
– E um namorado. – Ele disse baixo.
– Largar tudo lá e vir morar aqui em Londres foi
difícil. – Eu disse
ignorando o comentário dele. – Eu não me adaptei,
não consegui fazer novos amigos e...
– Se você ao menos tentasse... – Ele disse.
– As coisas não são tão fáceis. – Eu disse baixo.
– Me desculpe, – Ele disse. – eu não deve...
– Sem problemas. – Eu o interrompi. – Se me der
licença.
Subi, nem me importando se minha mãe estava olhando
ou não, e me tranquei no quarto.
Aquela conversa já estava me irritando. “Quem
ele pensa que é?” Pensei. "Garoto atrevido."
O pior de tudo era que, tudo o que ele disse, era
verdade.
FlashBack end
O colégio estava bem arrumado, a música estava alta
– tocava Tik Tok da Ke$ha – alguns alunos estavam no jardim conversando. Quando
disseram que ninguém iria perder aquela festa, não estavam mentindo. Parecia
que todos os alunos estavam lá, e tinha até algumas pessoas tentando penetrar.
Desci do carro sentindo todos os olhares na minha
direção. Algumas pessoas cochichavam e outras até apontavam, encarei meus pés
na tentativa de ignorar aquele povo.
– O que foi? – Arthur me perguntou.
– Você poderia chamar menos atenção. – Eu disse
encarando-o.
– Vai ter que se acostumar. – Ele disse baixo.
– O quê?
– Nada. – Ele disse me abraçando pela cintura.
– Agora você ta chamando mais atenção ainda. – Eu
reclamei. Vendo uma garota do segundo ano soltar um grito de exclamação e a
outra garota do primeiro ano ficar totalmente boquiaberta.
– Luinha , não me diga que liga pro que os
outros dizem?
– Não, eu realmente não me importo. – eu disse –
Mas eu não gosto de ser o centro das atenções, isso me incomoda.
– Esse é o preço que você esta pagando por vir
comigo, baby – ele disse.
– Muito engraçado Aguiar. Até parece que você
não se lembra daquela maldita aposta. Seu insuportável.
– E você é muito rebelde Aguiar – ele disse
rindo – Maldita não, BENDITA aposta.
– Pois eu digo que é MALDITA aposta.
– Como queiras, estressadinha.
– Insuportável!
– Rebelde!
Flashback
Olhei para o convite em minhas mãos. O famoso Baile
de Primavera. Segundo a Diretora Carter: “O evento mais esperado do ano”. Que
diferença um Baile de Primavera iria para fazer pra mim? Eu não iria. Minha mãe
só não podia ficar sabendo, ela com certeza me obrigaria a ir ao Baile.
Olhei para os lados, para ter certeza de que
ninguém estava olhando para mim, e joguei o convite do maldito Baile no lixo.
Peguei meu lanche e fui me sentar na mesma mesa de
sempre.
Eu estava lanchando em paz, até o meu vizinho,
vulgo Arthur Aguiar, aparecer no meu campo de visão.
– Você perdeu isso. – Ele disse segurando o convite
que eu tinha acabado de jogar no lixo.
“Argh, que garoto intrometido!” Eu pensei. Ele
me olhava esperando uma resposta, mas eu continuava calada.
– Se importa se eu sentar? – Ele perguntou. Eu dei
de ombros e ele se sentou ainda me encarando.
– Isso é seu. – Ele disse me entregando o convite.
– Eu joguei isso fora. – Eu disse apontando para o
convite. – E, aliás, desde quando você fica me observando?
– Hoje, por acaso, eu passei a te observar. – Ele
disse. – Porque jogou o convite no lixo?
– Por que eu não vou ao Baile.
– A Diretora Carter não ficaria feliz se visse você
jogando esse convite no lixo, e sua mãe ficaria tão feliz com...
– Minha mãe não pode saber da existência desse
baile. – Eu disse.
– Por quê?
– Porque ela vai me obrigar a ir pra esse baile.
– Eu acho que você deve ir a esse baile. – Ele
disse.
– Ah é? E por que você acha isso?
– Você poderia fazer novos amigos. – Ele disse.
– Argh, você é insuportável. – Eu disse irritada.
– E você é rebelde.
– Insuportável!
– Rebelde!
– Insuportável!
– Rebelde!
– O que você quer? – Eu perguntei.
– Vamos fazer uma aposta... – Ele disse. –... Se eu
te convencer a ir ao Baile...
– Se liga garoto, você nunca vai conseguir me
convencer. – Eu disse rindo.
– Será que eu posso terminar de falar? – Ele disse.
– Como eu disse, se eu te convencer a ir ao Baile, você vai ser o meu par no
Baile.
– E se você não conseguir me convencer? – Eu não
vou ao Baile. – Ele disse. – Então, topa?
– Fechado. – Eu disse sorrido. – Se eu fosse
você, Aguiar, nem me preocuparia em arranjar uma roupa pro Baile.
– Eu tenho minhas cartas na manga, Blanco. –
Ele disse rindo – Rebelde!
– Insuportável!
Flashback end
– Dá pra parar de olhar pro seus pés? – Arthur
disse. – Luinha, eu não estou chamando atenção, quem ta chamando atenção é
você!
– Não era pra eu estar aqui. – Eu disse ainda olha
pros meus pés. –
Eu odeio ser o centro das atenções.
– Apenas aproveite. – Ele disse. – Com o tempo você
se acostuma.
– Fala sério, Arthur. – Eu disse o encarando.
– Depois desse Baile, ninguém vai lembrar mais de mim.
– Talvez sim... Talvez não. – Ele disse rindo. –
Olha, a Mabel vem ali.
Ele apontou para uma garota loira que vinha
sorrindo em nossa direção. Mabel estava com um vestido vermelho, curto, rodado
e tomara-que-caia. Ela poderia facilmente chamar mais atenção que eu.
– Luinha, você tá linda. – Ela disse sorrindo.
– Você também. – Eu disse. – Então, Arthur
cumpriu o trato.
– Claro que sim. – Arthur disse rindo. – Trato
é trato.
– Jogo sujo. – Eu disse baixo.
– Aposto que você ainda vai agradecer a mim e ao
meu irmão por isso. – Mabel disse sorrindo.
– É, eu ficaria assustada se você e Arthur NÃO
fossem irmãos.
– Tudo o que eu fiz foi por um bom motivo. – Mabel
disse sério.
– Sim, seus pais tiraram você do castigo, e você
pode vir ao baile. – Eu disse séria.
– Mabel, esquece. – Arthur disse. – Lua
nunca vai esquecer a ajudinha que você me deu.
– Nada contra você, Mabel. – Eu disse. - Mas seu
irmão ainda me paga.
Flashback
Fazia uma semana desde a aposta que eu fiz
com Arthur, e ele ainda não tinha feito nada pra tentar me convencer. Eu
tinha duas opções:
1. Ele tinha desistido da aposta – eu rezava para
que isso acontecesse todo dia.
2. Ele estava tramando alguma coisa – aquele
sorriso que ele dava toda vez que me via não negava essa hipótese.
Todo dia eu ficava plantada na porta de casa, com
medo de que ele viesse e contasse para minha mãe sobre o maldito baile.
Eu estava no quarto estudando, ou fingindo que
estava estudando já que eu não conseguia entender nenhuma linha do que lia. Meu
olhar se desviava do livro para a janela do quarto dele toda hora, mesmo sem eu
querer. O que estava acontecendo comigo? Meus pensamentos começavam
com Arthur e terminavam com Arthur. Eu estava enlouquecendo. Ou
estava me apaixonando?
– Luinha, – Ouvi a voz da minha mãe e me virei
pra ela, que estava na porta do quarto. – tem uma garota aí querendo falar com
você.
– Quem?
– O nome dela é Mabel Aguiar.
Franzi o cenho. Eu não conhecia nenhuma
Mabel Aguiar.
“PERA AÍ!
Mabel Aguiar. Aguiar. Arthur Aguiar. Aposta. Eu vou matar
aquele garoto”
Levantei num salto e corri, quase caindo, até a
sala. Uma garota estava sentada no sofá. Ela se parecia muito com Arthur .
– Olá! – Eu disse meio sem jeito.
– Oh, olá. – Ela disse. – Eu sou Mabel, a...
– Irmã do Arthur.
– É, ele me mandou aqui pra falar com você.
– Falar o quê?
– Eu estou de castigo, não vou poder ir ao baile. E
você pode ir ao
baile e não vai?
– Eu não gosto de bailes.
– Eu sonhei com esse baile e...
– Meninas, vocês vão querer alguma coisa? – Minha
mãe perguntou.
– Não, mãe.
– Me desculpe por isso, mas o Arthur me
prometeu que vai convencer meus pais a me deixarem ir ao Baile.
– O quê?
– E então Luinha, você vai ao Baile de
Primavera da escola?
– Shh... Não... Por favor. – Eu tentei
impedi-la.
Tarde demais! Ela falou em alto e bom som para
fazer com que minha
mãe, que estava voltando para a cozinha, ouvisse.
– Baile de Primavera? – Minha mãe disse voltando
para sala.
– Baile de Primavera? – Eu me fiz de desentendida.
– Sim. – Mabel falou segurando o riso. – Lua,
você não falou pra sua
mãe sobre o baile?
– É filha, porque você não me falou sobre o baile?
– Minha mãe perguntou.
– O que você acha? – Eu respondi.
– Ah, filha. Isso é perfeito! – Minha mãe disse sorrindo.
– Quando é o
baile?
– Sábado que vem. – Mabel respondeu.
– Sábado que vem? A gente tem que arranjar logo um
vestido e... – Minha mãe disse eufórica.
– Mãe! – Eu a cortei. – Eu não vou ao baile.
– Como assim não vai? É claro que você vai! Um
baile de primavera só tem uma vez por ano.
– Concordo! – Mabel disse. Lancei um olhar
significativo para ela que riu e murmurou “Desculpe, mas acordo é
acordo”.
– Você vai sim. – Ninha mãe disse.
– Mas...
– Nada de “mas”. – Ela me cortou. – Você vai e
acabou.
– Bem, eu tenho que ir... – Mabel disse. –... A
gente se vê no Baile, Luinha.
Tranquei a porta do quarto e suspirei aliviada.
Desde que Mabel foi embora, minha mãe não parara de falar do baile um minuto qualquer.
Eu tive que ficar sentada, ouvindo ela ajeitar os últimos detalhes para o
baile, vestido – ela quase teve um infarto quando eu disse que queria que o
vestido fosse preto – sapato, maquiagem, cabelo e mais outras coisas inúteis. E
quando eu pensei que iria me livrar, ela me perguntou “E quem vai ser seu par?”
e eu fui obrigada a dizer “Arthur Aguiar”, – notícia que a fez pular de
alegria.
Ouvi um barulho na minha janela e fui ver quem
era. Arthur estava lá, eu não sabia que a janela do quarto dele era de
frente para minha.
“Acho que ganhei a aposta.” Ele escreveu em um
pedaço de papel.
“Jogo sujo, Aguiar.” Eu escrevi.
“Mas eu ganhei, e você vai ter que ir comigo ao
baile.”
“Te odeio.”
“Você fica bonitinha irritada.”
“Fuck You.”
Flashback end
– Vamos dançar. – Arthur disse de repente.
– Arthur, eu não sei dançar também. – Eu disse
enquanto ele me
carregava para pista de dança.
– Não tem problema. – Ele disse. – Eu também não
sei dançar.
- Mas...
– Confia em mim. – Ele disse dando uma piscadela.
Coloquei minhas mãos no pescoço dele enquanto ele
colocava as deles em minha cintura. Nós tentávamos acompanhar o ritmo da
música, mas não dava muito certo. Ninguém seria capaz de dançar pior do que nós
dois. Rir só de pensar nisso.
– O que foi? – Arthur me perguntou.
– Ah Arthur, a gente dança muito mal. – Eu
disse rindo.
– Ah, qual é? Não estraga o momento.
Gentilmente, Arthur me fez encostar minha
cabeça em seu peito e beijou o topo da minha cabeça. Eu me perguntei o que
estava acontecendo e se era certo. Mas Arthur sussurrava a letra da música
no meu ouvido, me causando arrepios.
– Arthur, – Eu disse desencostando minha
cabeça do peito dele. – isso ta bizarro.
– Você é impossível. – Ele disse. – Deixa eu me
preparar.
– Preparar pra quê?
Ele fez um gesto para que eu me calasse e foi
aproximando nossos rostos. Ele estava perto, muito perto, perigosamente perto.
Sua respiração já batia no meu rosto, eu estava ficando bêbada com o hálito
dele. As famosas e conhecidas borboletas corriam pelo meu estômago.
– Arthur, o que você tava fazendo? – Eu
perguntei. “Boa pergunta, Blanco, até parece que você não sabe.”
– O que eu queria fazer desde a primeira vez que te
vi. – Arthur disse.
Ficamos alguns segundo nos encaremos
até Arthur selar nossos lábios. A língua dele pediu passagem e eu cedi
sentindo meu corpo inteiro tremer.
– Além de rebelde, você é lerda? – Arthur disse
partindo o beijo. –
Porque nunca percebeu...
– Porque ao invés de me falar, você ficou enchendo
o meu saco.
– Tudo bem. – Ele disse rindo. – Blanco, quer
namorar comigo?
– Ham? É sério?
– O que você acha?
– Tá... Eu aceito – Eu disse beijando Arthur de
novo.
– Sua mãe vai ficar muito feliz. – Ele disse entre
o beijo.
– Ela vai mandar soltar fogos.
"Fim"
Gostaram? coments.
amei
ResponderExcluirAwwwwwwn muito fofo
ResponderExcluiradorei ,mto linda
ResponderExcluirP-E-R-F-E-I-T-O, sem mais xonei
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