segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Felicidade mora ao lado - Capítulo Único



Autora: Juliana Carvalho 
Status: Finalizada
Revisada por: Cáa 
Categoria: McFLY Fics
Sub-Categoria: Shortfic 
Blog aonde peguei a web/Creditos: TTens RBR Forever   

Muito obrigada Karol por deixa-lá postar aqui. 


Lua's POV

Eu estava com um vestido lilás – eu queria que fosse roxo – um pouco acima do joelho, balonê e tomara-que-caia. Uma sandália preta de salto. A maquiagem estava um pouco leve, meu cabelo estava solto com alguns cachos feitos nas pontas.
Bufei emburrada, eu poderia ter me livrado desse baile.

– Oh, você está linda filha. – Minha mãe disse entrando no quarto. – O Arthur está lá embaixo te esperando. Ele tá um broto.

– Broto? O que é broto mãe?

– Ah, você sabe. – Ela disse rindo. – Agora vai. Não deixe o rapaz esperando por muito tempo. Divirtam-se!

– Tchau mãe. – Eu disse saindo do quarto. 
Tentei ir o mais devagar possível para a sala, mas o nervosismo só me fez ir mais rápido. Meu coração parecia que ia sair pela boca. O que estava acontecendo comigo?
Arthur estava na sala conversando com Paul. Ele balança os pés inquietamente enquanto Paul falava alguma coisa sobre o seu primeiro Baile de primavera.
Arthur estava perfeitamente arrumado, mas seu cabelo continuava bagunçado como de costume. Um sorriso escapou dos meus lábios, ele poderia ser menos encantador.
Um sorriso brotou dos lábios dele quando me viu.

– Você está linda. – Ele disse.

– Você não tem espelho em casa, não? – Eu disse brincando.

– Tenho. – Ele disse. – Mas vai ser legal ouvir isso de você.

– Você também está lindo. – Eu disse corando.

– Rebelde!

– Insuportável!

– Vamos?

– C’mon!

– Tchau garotos. Divirtam-se. – Paul disse.
– Tchau Paul.

– Sabe o que o Paul tava lembrando? – Tom me perguntou.

– O quê?

– O dia em que a gente se conheceu. – Ele disse rindo.

– Oh sim, minha mãe falou tanto sobre esse dia que ela deveria escrever uma história contando sobre isso. 


FlashBack


Incrível como minha mãe era persistente. Ela queria que eu fizesse novos amigos a todo custo, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Eu não era do tipo de garota que diz “Oi, quer ser meu amigo?” para qualquer um.
E minha mãe disse que eu ia me divertir em uma “simples reunião de vizinhos”.
Bufei completamente irritada e entediada. Queria subir e me trancar no quarto, mas minha mãe estava de olho em mim.

– Pelo o que eu estou vendo, não sou o único entediado aqui. – Tirei meu olhar da parede (que naquele momento era mais interessante do que ficar olhando aquele povo) e direcionei meu olhar para o dono daquela voz. – Oi, eu sou Arthur Aguiar, seu vizinho, e eu acho que a gente tem aula de matemática juntos.

– Oh sim. – Eu disse me lembrando dele. Arthur era um dos garotos populares do colégio. De fato, a gente tinha aula de matemática juntos, ele passava a aula toda dormindo ou então jogando bolinhas de papel nos nerds.

– Olá, sou Lua Blanco, mas pode me chamar de...

– Luinha. – Ele completou. – Pelo o que eu sei, era pra você estar se divertindo. – Ele disse. – Sua mãe fez a festa exatamente para isso.

– Eu sei, mas...

– Desculpe. – Ele me interrompeu. – Sei que não deveria estar me
metendo. Mas sua mãe está muito preocupada com você, ela e minha mãe se tornaram amigas.

– Eu sei o quanto minha mãe está preocupada comigo. – Eu disse. – Mas é difícil. Não foi fácil sair do Brasil, eu tinha amigos lá...

– E um namorado. – Ele disse baixo.

– Largar tudo lá e vir morar aqui em Londres foi difícil. – Eu disse
ignorando o comentário dele. – Eu não me adaptei, não consegui fazer novos amigos e...

– Se você ao menos tentasse... – Ele disse.

– As coisas não são tão fáceis. – Eu disse baixo.

– Me desculpe, – Ele disse. – eu não deve...

– Sem problemas. – Eu o interrompi. – Se me der licença.
Subi, nem me importando se minha mãe estava olhando ou não, e me tranquei no quarto.
Aquela conversa já estava me irritando. “Quem ele pensa que é?” Pensei. "Garoto atrevido."
O pior de tudo era que, tudo o que ele disse, era verdade.



FlashBack end

O colégio estava bem arrumado, a música estava alta – tocava Tik Tok da Ke$ha – alguns alunos estavam no jardim conversando. Quando disseram que ninguém iria perder aquela festa, não estavam mentindo. Parecia que todos os alunos estavam lá, e tinha até algumas pessoas tentando penetrar.
Desci do carro sentindo todos os olhares na minha direção. Algumas pessoas cochichavam e outras até apontavam, encarei meus pés na tentativa de ignorar aquele povo.

– O que foi? – Arthur me perguntou.

– Você poderia chamar menos atenção. – Eu disse encarando-o.

– Vai ter que se acostumar. – Ele disse baixo.

– O quê?

– Nada. – Ele disse me abraçando pela cintura.
– Agora você ta chamando mais atenção ainda. – Eu reclamei. Vendo uma garota do segundo ano soltar um grito de exclamação e a outra garota do primeiro ano ficar totalmente boquiaberta.

– Luinha , não me diga que liga pro que os outros dizem?

– Não, eu realmente não me importo. – eu disse – Mas eu não gosto de ser o centro das atenções, isso me incomoda.

– Esse é o preço que você esta pagando por vir comigo, baby – ele disse.

– Muito engraçado Aguiar. Até parece que você não se lembra daquela maldita aposta. Seu insuportável.

– E você é muito rebelde Aguiar – ele disse rindo – Maldita não, BENDITA aposta.

– Pois eu digo que é MALDITA aposta.

– Como queiras, estressadinha.

– Insuportável!

– Rebelde!


Flashback

Olhei para o convite em minhas mãos. O famoso Baile de Primavera. Segundo a Diretora Carter: “O evento mais esperado do ano”. Que diferença um Baile de Primavera iria para fazer pra mim? Eu não iria. Minha mãe só não podia ficar sabendo, ela com certeza me obrigaria a ir ao Baile. 
Olhei para os lados, para ter certeza de que ninguém estava olhando para mim, e joguei o convite do maldito Baile no lixo.
Peguei meu lanche e fui me sentar na mesma mesa de sempre.
Eu estava lanchando em paz, até o meu vizinho, vulgo Arthur Aguiar, aparecer no meu campo de visão.

– Você perdeu isso. – Ele disse segurando o convite que eu tinha acabado de jogar no lixo.
“Argh, que garoto intrometido!” Eu pensei. Ele me olhava esperando uma resposta, mas eu continuava calada.


– Se importa se eu sentar? – Ele perguntou. Eu dei de ombros e ele se sentou ainda me encarando.

– Isso é seu. – Ele disse me entregando o convite.

– Eu joguei isso fora. – Eu disse apontando para o convite. – E, aliás, desde quando você fica me observando?

– Hoje, por acaso, eu passei a te observar. – Ele disse. – Porque jogou o convite no lixo?

– Por que eu não vou ao Baile.

– A Diretora Carter não ficaria feliz se visse você jogando esse convite no lixo, e sua mãe ficaria tão feliz com...

– Minha mãe não pode saber da existência desse baile. – Eu disse.

– Por quê?

– Porque ela vai me obrigar a ir pra esse baile.

– Eu acho que você deve ir a esse baile. – Ele disse.

– Ah é? E por que você acha isso?

– Você poderia fazer novos amigos. – Ele disse.

– Argh, você é insuportável. – Eu disse irritada.

– E você é rebelde.

– Insuportável!

– Rebelde!

– Insuportável!

– Rebelde!

– O que você quer? – Eu perguntei.

– Vamos fazer uma aposta... – Ele disse. –... Se eu te convencer a ir ao Baile...

– Se liga garoto, você nunca vai conseguir me convencer. – Eu disse rindo.

– Será que eu posso terminar de falar? – Ele disse. – Como eu disse, se eu te convencer a ir ao Baile, você vai ser o meu par no Baile.

– E se você não conseguir me convencer? – Eu não vou ao Baile. – Ele disse. – Então, topa?

– Fechado. – Eu disse sorrido. – Se eu fosse você, Aguiar, nem me preocuparia em arranjar uma roupa pro Baile.

– Eu tenho minhas cartas na manga, Blanco. – Ele disse rindo – Rebelde!

– Insuportável!



Flashback end


– Dá pra parar de olhar pro seus pés? – Arthur disse. – Luinha, eu não estou chamando atenção, quem ta chamando atenção é você!

– Não era pra eu estar aqui. – Eu disse ainda olha pros meus pés. –
Eu odeio ser o centro das atenções.

– Apenas aproveite. – Ele disse. – Com o tempo você se acostuma.

– Fala sério, Arthur. – Eu disse o encarando. – Depois desse Baile, ninguém vai lembrar mais de mim.

– Talvez sim... Talvez não. – Ele disse rindo. – Olha, a Mabel vem ali.
Ele apontou para uma garota loira que vinha sorrindo em nossa direção. Mabel estava com um vestido vermelho, curto, rodado e tomara-que-caia. Ela poderia facilmente chamar mais atenção que eu.

– Luinha, você tá linda. – Ela disse sorrindo.

– Você também. – Eu disse. – Então, Arthur cumpriu o trato. 

– Claro que sim. – Arthur disse rindo. – Trato é trato.

– Jogo sujo. – Eu disse baixo.

– Aposto que você ainda vai agradecer a mim e ao meu irmão por isso. – Mabel disse sorrindo.

– É, eu ficaria assustada se você e Arthur NÃO fossem irmãos.

– Tudo o que eu fiz foi por um bom motivo. – Mabel disse sério.

– Sim, seus pais tiraram você do castigo, e você pode vir ao baile. – Eu disse séria.

– Mabel, esquece. – Arthur disse. – Lua nunca vai esquecer a ajudinha que você me deu.

– Nada contra você, Mabel. – Eu disse. - Mas seu irmão ainda me paga.


Flashback

Fazia uma semana desde a aposta que eu fiz com Arthur, e ele ainda não tinha feito nada pra tentar me convencer. Eu tinha duas opções:
1. Ele tinha desistido da aposta – eu rezava para que isso acontecesse todo dia.
2. Ele estava tramando alguma coisa – aquele sorriso que ele dava toda vez que me via não negava essa hipótese.
Todo dia eu ficava plantada na porta de casa, com medo de que ele viesse e contasse para minha mãe sobre o maldito baile.
Eu estava no quarto estudando, ou fingindo que estava estudando já que eu não conseguia entender nenhuma linha do que lia. Meu olhar se desviava do livro para a janela do quarto dele toda hora, mesmo sem eu querer. O que estava acontecendo comigo? Meus pensamentos começavam com Arthur e terminavam com Arthur. Eu estava enlouquecendo. Ou estava me apaixonando?

– Luinha, – Ouvi a voz da minha mãe e me virei pra ela, que estava na porta do quarto. – tem uma garota aí querendo falar com você.

– Quem? 

– O nome dela é Mabel Aguiar.

Franzi o cenho. Eu não conhecia nenhuma Mabel Aguiar.

“PERA AÍ! Mabel Aguiar. Aguiar. Arthur Aguiar. Aposta. Eu vou matar aquele garoto”
Levantei num salto e corri, quase caindo, até a sala. Uma garota estava sentada no sofá. Ela se parecia muito com Arthur .

– Olá! – Eu disse meio sem jeito.

– Oh, olá. – Ela disse. – Eu sou Mabel, a...

– Irmã do Arthur.

– É, ele me mandou aqui pra falar com você.

– Falar o quê?

– Eu estou de castigo, não vou poder ir ao baile. E você pode ir ao
baile e não vai?

– Eu não gosto de bailes.

– Eu sonhei com esse baile e...

– Meninas, vocês vão querer alguma coisa? – Minha mãe perguntou.


– Não, mãe.

– Me desculpe por isso, mas o Arthur me prometeu que vai convencer meus pais a me deixarem ir ao Baile.

– O quê?

– E então Luinha, você vai ao Baile de Primavera da escola?

– Shh... Não... Por favor. – Eu tentei impedi-la. 

Tarde demais! Ela falou em alto e bom som para fazer com que minha
mãe, que estava voltando para a cozinha, ouvisse.

– Baile de Primavera? – Minha mãe disse voltando para sala. 

– Baile de Primavera? – Eu me fiz de desentendida.

– Sim. – Mabel falou segurando o riso. – Lua, você não falou pra sua
mãe sobre o baile?

– É filha, porque você não me falou sobre o baile? – Minha mãe perguntou.

– O que você acha? – Eu respondi.

– Ah, filha. Isso é perfeito! – Minha mãe disse sorrindo. – Quando é o
baile?

– Sábado que vem. – Mabel respondeu.

– Sábado que vem? A gente tem que arranjar logo um vestido e... – Minha mãe disse eufórica.

– Mãe! – Eu a cortei. – Eu não vou ao baile.

– Como assim não vai? É claro que você vai! Um baile de primavera só tem uma vez por ano.

– Concordo! – Mabel disse. Lancei um olhar significativo para ela que riu e murmurou “Desculpe, mas acordo é acordo”.

– Você vai sim. – Ninha mãe disse.

– Mas...

– Nada de “mas”. – Ela me cortou. – Você vai e acabou.

– Bem, eu tenho que ir... – Mabel disse. –... A gente se vê no Baile, Luinha. 
Tranquei a porta do quarto e suspirei aliviada. Desde que Mabel foi embora, minha mãe não parara de falar do baile um minuto qualquer. Eu tive que ficar sentada, ouvindo ela ajeitar os últimos detalhes para o baile, vestido – ela quase teve um infarto quando eu disse que queria que o vestido fosse preto – sapato, maquiagem, cabelo e mais outras coisas inúteis. E quando eu pensei que iria me livrar, ela me perguntou “E quem vai ser seu par?” e eu fui obrigada a dizer “Arthur Aguiar”, – notícia que a fez pular de alegria. 
Ouvi um barulho na minha janela e fui ver quem era. Arthur estava lá, eu não sabia que a janela do quarto dele era de frente para minha. 
“Acho que ganhei a aposta.” Ele escreveu em um pedaço de papel.
“Jogo sujo, Aguiar.” Eu escrevi.
“Mas eu ganhei, e você vai ter que ir comigo ao baile.”
“Te odeio.”
“Você fica bonitinha irritada.”
“Fuck You.”

Flashback end


– Vamos dançar. – Arthur disse de repente.

– Arthur, eu não sei dançar também. – Eu disse enquanto ele me
carregava para pista de dança.

– Não tem problema. – Ele disse. – Eu também não sei dançar.

- Mas...

– Confia em mim. – Ele disse dando uma piscadela.
Coloquei minhas mãos no pescoço dele enquanto ele colocava as deles em minha cintura. Nós tentávamos acompanhar o ritmo da música, mas não dava muito certo. Ninguém seria capaz de dançar pior do que nós dois. Rir só de pensar nisso.

– O que foi? – Arthur me perguntou.

– Ah Arthur, a gente dança muito mal. – Eu disse rindo.

– Ah, qual é? Não estraga o momento.
Gentilmente, Arthur me fez encostar minha cabeça em seu peito e beijou o topo da minha cabeça. Eu me perguntei o que estava acontecendo e se era certo. Mas Arthur sussurrava a letra da música no meu ouvido, me causando arrepios.

– Arthur, – Eu disse desencostando minha cabeça do peito dele. – isso ta bizarro.

– Você é impossível. – Ele disse. – Deixa eu me preparar.

– Preparar pra quê? 

Ele fez um gesto para que eu me calasse e foi aproximando nossos rostos. Ele estava perto, muito perto, perigosamente perto. Sua respiração já batia no meu rosto, eu estava ficando bêbada com o hálito dele. As famosas e conhecidas borboletas corriam pelo meu estômago.

– Arthur, o que você tava fazendo? – Eu perguntei. “Boa pergunta, Blanco, até parece que você não sabe.”

– O que eu queria fazer desde a primeira vez que te vi. – Arthur disse.
Ficamos alguns segundo nos encaremos até Arthur selar nossos lábios. A língua dele pediu passagem e eu cedi sentindo meu corpo inteiro tremer. 

– Além de rebelde, você é lerda? – Arthur disse partindo o beijo. –
Porque nunca percebeu...

– Porque ao invés de me falar, você ficou enchendo o meu saco.

– Tudo bem. – Ele disse rindo. – Blanco, quer namorar comigo?

– Ham? É sério? 

– O que você acha?

– Tá... Eu aceito – Eu disse beijando Arthur de novo.

– Sua mãe vai ficar muito feliz. – Ele disse entre o beijo.

– Ela vai mandar soltar fogos.
    



                                                              "Fim"
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4 comentários:

 

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