Amor de Verão (Capítulo 27)

Último Capítulo!

Brasil; Col Saint John; Segunda-feira; às 10:25 da manhã;

O dia continuava sendo o mesmo, porém diferente. Lua estava desacostumada com sua vida. Por mais que fosse normal, não lhe cabia à vida. Ela queria que voltasse. Queria estar lá, nos braços dele, mesmo que estivessem discutindo por bobeira, mas queria estar lá. Precisava dele para se sentir viva.
Lembrou-se que havia pegado seu telefone. Mas o que adiantaria? Mais noites de choro? E isso ela não queria. Queria apenas que tudo voltasse.

Califórnia; California High School; Segunda-feira; às 11:42 da manhã;

Mica: o que você vai fazer, cara?

Arthur: vou dar um jeito. Vou me virar. Mas não vou ficar sem ela.

Chay: aí Mica, eu o apoio totalmente.

Mica: é, eu também. Mas você já sabe o que vai fazer?

Arthur: ainda não. Mas vou dar um jeito.

Chay: tenho uma ideia. Vamos falar com as meninas. Elas vão nos ajudar.

Mica: boa ideia, Chay.

Brasil; Col Saint John; Segunda-feira; às 14:00 da tarde;

Lise: Lua, vem!

Lua: mas eu não quero. –choramingou Lua batendo o pé no chão.

Lise: Luinha, vamos jogar. Precisamos de você no time!

Lua: mas eu não to a fim, caramba!

Lise: Lua, esquece o que tu passou na Califórnia. O negócio aqui é Brasil. E você 

vai jogar. Temos que treinar pra enfrentar as escolas!

Lua: eu não quero saber de jogar! Não vou mais jogar esse ano!

Lise: COMO?

Lua: é Li, não vou! Olha, eu to com dor de cabeça, to exausta da viagem de 

ontem. Eu... eu, eu vou estudar. –Lua saiu rapidamente deixando a amiga de 

boca a aberta.

Califórnia; California High School; Segunda-feira; às 16:20 da tarde;

Chay: já avisou seus pais?

Arthur: sim, eles deixaram. Mas contando que eu volte na quarta, tá tudo bem.

Chay: okay mané. Vá com fé que tu consegue trazê-la de volta.

Arthur: eu vou, Chay, eu vou! –ele sorriu satisfeito pondo a mochila nas costas e 

pegando seu carro indo em direção ao aeroporto.

Brasil; Barra da Tijuca; Segunda-feira; às 18:50 da noite;

Deitada em sua cama, ela ouvi música em seu headphone, vagando em outros mundos, de preferência tentando sumir do mundo que lhe fazia chorar. O mundo em que viveu à três meses atrás.
Ouvia uma música animada tentando sair dispersa de todos os pensamentos ruins possíveis. Não queria chorar, não queria pensar em mais nada que a fizesse sofrer. Meio que impossível, pois esquecer nunca vai estar em seus planos.
A música animada acabou, e uma que ela não devia ter em seu Iphone se atreveu a tocar. Summer Love. Por que se intrometer aqui, maldita música?
As malditas lembranças vieram a sua mente e tudo começou a ser revivido em plena cabeça. Cachoeira, quarto, floresta, lago, árvore, beijos, pedra, violão, música, amigos, beijos, carinhos, prazer, primeira vez, barraca... Tudo se resumia em sua história de amor.
Depois de afastar essas malditas lembranças, percebeu que uma lágrima escorria por sua face. Sem ela perceber. Será que já havia chorado demais? Ou será que as lágrimas nunca mais iriam embora? É possível viver um amor à distância? Será que ele a amaria mesmo estando tão longe? Seria fiel ao seu amor a ela?
Um barulho lhe despertou as perguntas irritantes e ela arregalou os olhos pensando na possibilidade de algum psicopata escalar a parede de seu quarto, mesmo que fosse o quão alto, o medo lhe invadiu. Sua janela aberta deixava o vento frio entrar no quarto aumentando ainda mais seu medo. Seu coração atualmente acelerado. Sua vontade de levantar e ir fechar a janela eram imensos, mas como? O medo acabou com tudo. “Droga” pensou Lua. O que ela faria? Mesmo com seus pais lá em baixo, não adiantaria se o maníaco subisse e lhe matasse. Por que a coragem tinha que desaparecer em uma hora como essas?
Depois de um momento em um “vou, ou não vou” resolveu-se ir até a janela para fechar a mesma. Caminhou devagar até a janela onde as cortinas balançavam por causa do vento e ao chegar lá pôs a mão no coração e deu um suspiro de medo onde nunca deu em toda a vida.

Lua: Arthur. –disse não acreditando que via o menino de cabelos negros e sorriso 

brilhante no rosto escalando seu quarto. –Arthur? –perguntou.

Arthur: não acredito que te encontrei! –pulou rapidamente para dentro do cômodo 

e Lua continuava paralisada. Não acreditava que estava vendo Arthur bem ali à sua frente. Será que estava tendo alucinações?

Sentiu dois braços fortes e calorentos lhe preenchendo o corpo. Logo sentiu o calor emanando seu corpo e sendo beijada por aqueles lábios carinhosos por quem tanto esperou que voltasse a sentir.

FIM!

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