segunda-feira, 13 de maio de 2013

Tentação sem limites (Capítulo 14)






-Hum, está ótimo. – Arthur comentou ao colocar a primeira fatia de panqueca na boca.

-Obrigada. – Ela respondeu tentando conter o sorriso que se formava em sua boca.

-Mamãe, terminei! – Katherine exclamou e Lua olhou assustada para ela.

-Querida, mais já? Tu engoliu as panquecas? – Lua perguntou parecendo engraçada.

-Não, eu só comi meio rápido. Vou subir e me arrumar pra ir a ao parque! – A garotinha saiu correndo deixando-os sozinhos.
Passaram-se alguns minutos e o silêncio se preservava naquele ambiente.

-Ai! – Lua deu um gritinho ao sentir a faca cortando seu dedo.

-O que foi? – Arthur correu até ela que cortava uma maça na pia.

-Cortei o dedo. – Ela ligou a torneira e pôs o dedo indicador machucado debaixo d’água, lavando o sangue e soprando em seguida.

-Tá ardendo? – Arthur perguntou.

-Já parou. – Ela respondeu.

-Deixa eu ver. – Ele puxou o dedo indicador dela com delicadeza e levou até sua boca onde deu um beijinho.

O corpo dela não hesitou em tremer na hora que ele a beijou no pequeno dedo indicador. Ele simplesmente tinha poderes absolutos sobre ela que nem ela mesmo sabia como isso era possível. A química magnífica entre eles ainda não havia acabado. Nem uma gota havia ido embora.
Ela estava tão fora dos limites, que quando sentiu a boca dele sobre a sua, deixou-se levar. Os beijos de Arthur, ah, eram os melhores e impossíveis de resistir.
Seus controles estavam tão fora de si, que quando ela percebeu, seu corpo já estava colado no dele, e eles se beijavam ofegantemente sem se preocupar se alguém os veria ou não.
A língua dele percorria toda a sua boca, marcando cada centímetro, assim como ele fazia quando eram casados.
De repente, lembrou-se que Katherine podia vê-los. E eles não só estavam um perto do outro, mas sim, estavam se beijando, e muito indelicadamente. Sua filha não poderia vê-los assim, por mais que ela adoraria ver novamente os pais se beijando.Ela se soltou dele, devagar, buscando o fôlego e ainda se mantendo a milímetros perto dele. Suas pernas não a obedeciam. Seu corpo se mantinha colado ao dele, sem que ela desejasse ou não, nada correspondia a seu favor. Mas era isso o que ela queria e o corpo dela queria. Queriam ficar perto dele, e nunca mais sair. Queria se enroscar em seu corpo nas noites de tempestade e se sentir segura. Ambos corpos nus mais uma vez um sobre o outro...
Balançou a cabeça afastando todos esses desejos indelicados, e finalmente, conseguiu se afastar dele com todos os seus hormônios dizendo que não.

-Katherine pode ver. - Ela comentou olhando para chão. Provavelmente se olhasse para ele, não saberia o que dizer e ficaria corada pior que um tomate.

-Ela adoraria. - Ele disse sorrindo e ela imediatamente o olhou repreensiva.

-Não quero que minha filha fique vendo pessoas se beijando. Não é bom para ela. - Ela se afastou ainda mais dele e pegou os pratos de panquecas sujos do balcão.

-Eu sei. Mas somos nós. E não qualquer pessoa. Tudo o que ela mais queria era ver nós dois juntos. - Ela o olhou. - O pior para uma criança, é ver os pais separados. - Ele comentou cruzando os braços sobre o peito musculoso.

-É porque ela não sabe os motivos da nossa separação. - Retrucou ela pondo os pratos sujos sobre a pia e caminhando para a sala, deixando-o sozinho.

Só de lembrar daquele dia, o sangue dela fervia e o coração parecia querer sair pela boca...

-Mel, eu vou atrás dele. - Dizia Lua ao telefone com Mel Fronckowiak, sua amiga de infância.

-Lua, por que você ainda insiste nisso? Ele não foi fazer nada de mais! - A amiga alertou.

-Não adianta! Já faz um mês que ele anda tendo essas saídas à noite e não me fala nada! Eu to cansada disso, Mel!

-Lua, isso é loucura! Olha a hora que já é. - Mel tentava ao máximo fazer Lua desistir desses planos de encontrar Arthur.

-Não adianta querer me convencer. Eu vou e pronto.

-Então eu vou com você. - E a amiga desligou.

Lua sorriu sabendo que nunca em toda a vida, sua amiga a abandonaria.


Estava em seu carro, no estacionamento do prédio a espera de Mel quando a mesma chegou.

-Amiga. - Mel disse repreensiva e Lua a abraçou. - Tem certeza disso?

-Sim. - Lua sussurrou com sua voz entrecortada sobre o pano da blusa de Mel.

-Pra onde ele foi? - Mel enxugou a lágrima que escorria por sua face, pois não aguentava ver sua amiga triste, era a gota d'água para ela. Lua era como sua irmã.

-Te conto no caminho. - Lua disse já ligando o carro para dar partida.

Depois de um tempo, Lua voltou a falar:

-Encontrei isso no smoking dele. - Estendeu um papel meio amassado para Mel.


“Me encontre no 1920 Bunker Clubàs 20:00 horas. Tenho que falar sério com você. Não deixe ninguém te ver.”

-Meu Deus! – Mel exclamou indignada. – Será que é mesmo isso?

-Não tenho nenhuma dúvida. – Lua disse seca.


O 1920 Bunker Club não estava muito cheio, mas estava variável. As pessoas conversavam feliz do lado de fora.
Ao entrar, as duas sentaram-se em um banquinho na bancada e Lua parecia procurar Arthur com os olhos.

-Vão querer algo? – Um barman muito bonito se aproximou perguntando.

-Não obrigada. – Lua respondeu e Mel a olhou preocupada. – Já viu ele? – Lua perguntou.

-Não. – Mel respondeu olhando para os lados assim como a amiga.

-Tem alguma mesa vaga pra lá? – Lua perguntou ao barman que fazia um drink.

-Não, nenhuma vaga. Todas lotadas! – Ele sorriu pra loira e ela retribuiu fraco.

-Vamos caminhar pra lá. – Lua disse se levantando assim como Mel.

-Estão procurando alguém? – O barman perguntou interessado.

-Ahn, sim. – Lua respondeu meio incomodada. – Vamos procurar a pessoa pra lá. – Ela disse por fim e ela e Mel saíram andando em direção as mesas.


Pôde notar uns cabelos negros e um topete em perfeição, intocável, e já imaginou que seria Arthur. Ele estava de costas para ela e em sua frente jazia uma mulher de cabelos ruivos e olhos verdes claros. Era bem bonita. 
O sangue de Lua ferveu imediatamente. O que Arthur estava fazendo com aquela mulher? Quem era aquela mulher?!

-Olha Mel! – Lua disse para a amiga que rapidamente olhou na mesma direção que ela e viu os dois.

-Caramba! – Mel pôs a mão sobre a boca ao observá-los.

-Eu te disse. – A voz dela saiu baixa e fraca. Nada se comparava a dor que estava sentindo nesse momento. A dor de ser traída.

Depois de alguns minutos ali paradas, Lua enxugou algumas lágrimas que escorriam e falou:

-Eu vou até lá.

-Não! Lua você não pode ir até lá! Vai que não é verdade, eles podem só ser amigos.

-Não! Eu conheço todos os amigos e amigas do Arthur, essa é a amante dele! – Seus olhos se mostravam vermelhos e com raiva. Seu coração batia tão forte que parecia querer sair pela boca.

-Lua você não pode ir até lá! Olha o tanto de gente que tem aqui. – Mel dizia calma, mas aflita por dentro, pela amiga.
-Tá bom, eu não... – Parou ao ver Arthur segurando a mão da ruiva. Seu rosto enrubesceu de raiva e seus dentes se trincaram ao vê-lo se aproximar para abraçá-la.

Não esperou nenhum segundo a mais para se aproximar e gritar:

-Vagabundo! – Suas mãos fechadas em soco e suas veias fortes à mostra denunciaram toda sua raiva. Arthur a olhou assustado assim como a ruiva que estava com ele. – Você é um idiota! – Bateu na cara dele sem dó nem piedade e saiu correndo com todas as lágrimas possíveis escorrendo por sua face.

Afastou essa maldita lembrança da cabeça e subiu as escadas à procura de Katherine.

-Filha? – Bateu na porta do quarto de Katê.

-Oi mamãe! Cadê o papai? – A garotinha perguntou preocupada.

-Está lá embaixo. – Lua sorriu fraco para filha e sentou-se em sua cama. – Terminou de arrumar as coisas? – Ela perguntou.


-Sim. – Pegou a mochila que estava no chão e mostrou à Lua. – A gente vai agora? – Katherine perguntou pondo a mochila sobre os ombros.

-Sim. Vai lá avisar o papai que eu vou me trocar. – Lua deu um beijo no rosto da filha e esperou ela sair.


***

-Hey! – Lua disse ao acabar de descer as escadas.

-Vamos mamãe? – Katherine perguntou já pondo a mochila rosa sobre as costas.

-Vamos.


-Aonde vamos primeiro? – Katherine perguntou quando eles já estavam no carro.

-Primeiro vamos almoçar no restaurante e... – Lua começou falar.

-Que restaurante? – Katherine a interrompeu.

-The Chatwal! – Arthur exclamou e Katherine bateu as mãozinhas fazendo Lua sorrir.

-É perto do Central Park! – A garotinha exclamou com os olhinhos brilhantes.


...CONTINUA!...

Capítulo veeery big por causa
do meu sumiço no fim de semana.
Quero muitos comentários, ok?
Kisses!







4 comentários:

 

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