quinta-feira, 2 de maio de 2013

Tentação sem limites (Capítulo 8)





***

-Mamãe, você tá muito bonita. –Katherine sorriu vendo Lua servir a mesa.

-Obrigada, querida. Você também está. –ela sorriu. 

-Cadê o papai?

-To aqui! –ele gritou descendo as escadas. –To morrendo de fo... –engoliu a 
saliva ao ver Lua.

Ela olhou-o como se nada estivesse acontecendo.

-Que foi? Perdeu alguma coisa aqui? –ela perguntou ainda o olhando.

Ele coçou a cabeça. –Não, não. Desculpe por olhar demais para você.

Lua deu de ombros e voltou para a cozinha para pegar o restante do café da 
manhã. Ele se sentou e Katherine o olhou sugestiva.

-Mamãe está linda, não é?

-Até demais. Isso tudo é pra trabalhar? – Ele perguntou à garotinha.

-Acho que sim, papai.

-Sua mãe está causando demais. Não gostei disso. – Ele suspirou relaxando na 
cadeira.

-As pessoas vão olhar pra ela...

-Quem vai olhar pra quem? – Lua apareceu com copos e suco na mão e eles a 
olharam espantados dizendo um “nada” em uníssono. – O que aconteceu, hein? 
Vocês não sabem mentir.

-Nada mamãe, a gente só estava conversando.

-Sobre o quê? –ela perguntou curiosa.

-Sobr...

-Sobre coisas de pai e filha, ok? –Arthur interrompeu Katherine e Lua assentiu.

-Tudo bem, Arthur.



***

-E aê, galera! –Arthur apareceu. Era umas 20h05min da noite.

-Arthur? –Lua perguntou.

-Papaaaai! –Katherine saiu debaixo dos cobertores e correu até Arthur.

-Oi, princesa. Que saudade! –ele a abraçou.

-Arthur, o que está fazendo aqui? –Lua perguntou ainda deitada no amontoado de 
colchões que ela e Katherine fizeram para assistir “Léo o leão”.

-Vim ficar com as minhas mulheres. –ele pegou na mão de Katherine e 
caminharam até Lua. Ele percebeu que não convencera Lua pela cara que ela 
fez, e então continuou. – Não quis sair.

-Não é seu dia de ficar com ela hoje.

-Qual é o problema? Eu não sou obrigado a sair. O dia em que você fica com ela 
é só uma opção para eu sair, mas, como eu não quis, preferi voltar pra cá.

-Papai, você vai dormir com a gente? – Katherine perguntou esperançosa.

-Sim, querida. Vou. – Ela sorriu mostrando todos os dentinhos possíveis e o 
abraçou.

Lua suspirou, mas não disse nada.



Nova York; Home Lua; Sexta-feira; 18h23min da noite;

-Arthur! Onde você estava? – Lua perguntou meio exaltada.

-Acabei de sair do escritório, querida. Por que, demorei?

-Mas é claro! Já estou atrasada para meu encontro.

-Encontro? Que encontro?

-O meu encontro.

-Com quem?

-Com quem não é da sua conta! –cuspiu as palavras na cara dele.

-Não precisa ser grossa, tá bom?

-Estou sendo do jeito que devo ser.

-Tá bom senhorita, vá ao seu encontro. –ele disse levantando as mãos em sinal 
de rendição. – Divirta-se.

-Com certeza vou me divertir.

Katherine observava tudo, passando despercebida pros dois ali. Eles brigavam 
como se a garota não estivesse ali.

-Mamãe, papai, parem de brigar, por favor?

-Desculpe querida. – Arthur respondeu sorrindo. – Tá pronta pra ir pra casa do 
papai?

-Sim! – Ela respondeu feliz. –Então vamos! – Ele pegou na mão da garota.

-Mais uma vez, divirta-se no seu encontro Lua. –ele disse esforçando-se para 
sorrir para ela.

-Obrigada. Katê! –ela gritou ao ver que a filha já ia correndo pro carro.

-Que foi? –a menina se virou e perguntou.

-Cadê meu beijo? –Katê sorriu e correu até Lua lhe beijando no rosto. –Tchau, 
princesa.



Nova York; Aquavit; Sexta-feira; às 19h49min da noite;

-Minha família gosta muito de viajar pra Londres. Você gosta de Londres, Lua?

-Ah, sim. Adoro. –apoiou a mão sobre queixo enquanto ouvia John falar. Nunca 
havia visto um homem que falava tanto.

Imaginava o que Katherine e Arthur estariam fazendo agora. Talvez devesse estar 
com eles. Divertindo-se. Podem ter certeza que agora ela não estava se 
divertindo. John era um cara muito bonito. Loiro, olhos azuis, corpo másculo, 
rosto bonito, gente boa. Pelo menos era o que parecia lá na editora. Muito 
simpático, aliás. Mas, muito tagarela.

-Lua, Lua. Está aí? –observou a mão de John passar na frente de seus olhos e 
balançou a cabeça.

-Hã? O que? O que foi? –ela perguntou.

-Perguntei se gosta de Salada Wardolf.

-Ah sim. Adoro.

E voltou a falar. Realmente, aquele era um homem que gostava de falar. Muito.



Depois de um jantar bem... Falante, Lua havia ido pra casa. Com direito a falação 
até o carro. Mas enfim, comeu bem, mas sem direito a diversão. O jantar inteiro 
foi de John falando. Mas mesmo assim, continuava sendo um cara legal.Entrou em casa e tudo o que pode ver foi ela totalmente escura, vazia. Katherine 
fazia falta. Óbvio que fazia. Sua filha alegrava aquela casa. Mas neste momento 
ela tinha que saber que sua filha estava se divertindo... Com Arthur.Ah, Arthur.
Por que tão bonito? Por que tão... Educado? Por que tão maravilhoso? Por que tão galinha?
Lua havia estranhado Arthur não querer saído na quarta-feira. Será que ele estava armando algum plano para deixá-la impressionada. Ou será verdade? Maldito Aguiar que lhe embaralhava a cabeça!
Subiu para o quarto e trocou de roupa. Não estava tanto calor para tomar outro banho. As temperaturas de Nova York geralmente eram frias, né? Nem adianta negar.
Deitou-se na cama gigante e não se acomodou como deveria. Todos esses dias ela havia dormido com Arthur. Ou aqui, ou no apartamento dele. Estava estranho agora voltar a dormir sozinha nessa cama enorme. Sentia-se vazia. Como se nada estivesse dentro de si. Como se ela não existisse pra ninguém.
O barulho do celular a despertou dos pensamentos solitários e ela correu para pegá-lo. Estava na bolça.
Viu que era Arthur. O que ele queria? Será que havia acontecido alguma coisa com eles? Com a Katê?
Atendeu desesperadamente.

-Arthur! Aconteceu alguma coisa? –ela perguntou aflita.

-Não querida. Nada aconteceu. Por que o desespero? –ele perguntou calmo.

-Nada. –ela respondeu seca se acalmando.

-Como foi o encontro?

-Eu já disse que não é da sua conta.

-O cara é legal? –ele insistiu.

-Arthur, se continuar falando nisso, vou desligar na tua cara.

-Katherine quer falar contigo.

-Ela ainda está acordada?

-Sim. Ficamos jogando vídeo-game.

-Arthur! Já passou da hora dela ir dormir!

-Claro que não. Ainda são 21h30min.

-Já passou sim. Você esqueceu o que eu te falei?

-Ah, Lua. Não se preocupe tanto. Você sabe que ela consegue acordar amanhã.

-Arthur. Por favor. Não a deixe dormir tarde.

-Tudo bem, querida. Ela quer falar com você.

-Mamãe!

-Oi filhota, como está?

-Muito bem, mamãe. E você?

-Bem. – Bem era tudo o que Lua não estava. Estava sentindo-se sozinha; Isso 
não era bom.

-Não fica triste, mamãe. Amanhã estou aí de volta. –Lua não deixou de rir. Tinha 
uma filha realmente linda.

-Tudo bem, princesa. Mas agora, vá dormir que está tarde.

-Tá bom, mamãe. Boa noite.

-Boa noite.

-Boa noite, Luinha! –pôde ouvir Arthur gritar do outro lado do telefone.

Agora ficaria sozinha. Teria que dormir naquela enorme cama. Sozinha.


...CONTINUA!...

Por que não comentaram no cap. anterior?
O que houve, leitoras lindas?
Comentem, please? 

2 comentários:

 

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