terça-feira, 18 de junho de 2013

Tentação sem limites (Capítulo 36)




Saímos tarde da noite daquele – inesquecível – restaurante. Quando chegamos em casa, Sophia e Katherine já estavam dormindo. Sophia dormia na cama com Katê e com um livro infantil sobre a barriga. Eu e Arthur sorrimos e fomos para o nosso quarto.

-Está feliz? – Ele perguntou sorrindo e me abraçou pela cintura.

-Tem como não estar? – Perguntei com uma cara óbvia.

-Tem! – Ele disse. – Quer dizer... Acho que não. Eu sei que você me ama. – Ele se gabava e 
sorria ao mesmo tempo.

-Você não deixa de ser convencido, né Arthur? – Comecei me segurando para não rir. – E se 
eu não aceitasse o pedido? – Perguntei pondo as mãos na cintura.

-Eu me jogava da ponte – Ele disse olhando para o nada e eu arregalei os olhos. – To 
brincando! – ele disse e levantou as mãos em sinal de rendição. – Eu insistia até você aceitar.

-Insistente! –Ele me olhou com uma cara indignada. – Que foi? – perguntei.

-Você podia parar de reclamar do seu marido aqui, né? – O cafajeste mais gostoso do mundo 
aproximou-se.

-Você não é meu marido. – Eu disse fazendo a minha melhor cara de mentirosa.

-Hã? – Ele perguntou não entendendo.

-Ainda não casamos. E caso não saiba, o divórcio que tivemos há um mês foi para 
terminarmos...

-Shhh – Ele pôs seu dedo indicador sobre meus lábios. – Vamos nos casar de novo e ponto 
final. Sorri e ele continuou. – Que tal agora nós aproveitarmos esse tempo perdido, hein? – 
ele foi se aproximando e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. Safado! Nunca se 
esquece do sexo.

-Safado. – eu disse e ele riu.

-Qual o problema? – ele perguntou sem deixar o sorriso escapar.

-Todos! – eu disse. – Se já esperamos uma semana, vamos esperar mais uma. Vamos fazer 
sexo só depois do casamento igual à moda antiga.

-Você só pode estar brincando – ele disse cabisbaixo e rindo um pouco.

-Vou te mostrar que não estou. – Eu disse e soltei minha mão que estava entrelaçada na sua.

-Aonde vai? – Ele perguntou e eu me virei sorrindo diabolicamente.

-Vou tomar um banho e depois... – Seus olhos alimentaram esperanças. – vou dormir. – 
Terminei e ele suspirou.

-Tá falando sério?

-Por que eu não falaria? – perguntei cruzando os braços.

-Você é mal. – Ele disse fazendo biquinho.

-Não adianta fazer biquinho, Thur. Sexo não é nada.


-Tudo bem que você ache isso, mas, podia me livrar da seca, não acha não?

-Não. – eu disse e entrei no banheiro trancando a porta. Tudo bem que eu menti dizendo que 
sexo não é nada, mas, ah, qual é? Quero fazer uma coisa especial para ele. Não agora. Só 
depois de casarmos. De novo.


Tomei meu banho pensando no que poderíamos fazer na lua-de-mel. Bom, como ia ser muito tempo sem sexo, eu deveria “sensualizar” para o Arthur. Mas até lá eu teria tempo para pensar nisso. Agora o caso seria contar para Katherine e para a Mel. E depois, é claro, organizar a cerimônia.
Ao terminar o banho, coloquei um conjunto de dormir, umas pantufas azuis e voltei para o quarto. Arthur estava deitado na cama, coberto até a cintura e estava sem camisa (só, eu acho). Ele tinha um livro nas mãos. Ele também usava uns óculos no rosto que eu nem sei se tinha grau ou não. Aproximei-me e olhei o título do livro: “Como viver sem sexo”. Rapidamente peguei uma almofada e taquei nele que me olhou assustado.

-Como ousa ler um livro desses? – Perguntei indignada.

-Preciso saber como que se vive sem sexo. – Ele disse tranquilo e se levantou assim pude ver 
que (pelo menos) ele usava uma boxers.

-Você é um descarado! – outra almofada. – Inútil! – outra almofada. – Cafajeste! – outra.

-Outch! Faz isso comigo não. Já to triste demais sem ter você... – Aproximou-se de mim e me 
puxou pela cintura.

-Arthur, me solta A.G.O.R.A! – soletrei pausadamente e com raiva. Mas eu não estava com 
raiva, eu queria beijá-lo. Aquela maldita boca dele me seduzia.

-Me diz aí se eu tenho pegada? – Ele perguntou e me amassou sobre o corpo dele. Tive que 
fechar os olhos para me controlar. Maldito! Por que ele fazia isso comigo? Como ele 
percebeu que fiquei em silêncio e de olhos fechados, ele me amassou mais ao corpo dele e 
eu gemi. Droga! Não consegui evitar. – Tenho? – ele perguntou e me amassou mais uma vez.

-Tem! Ah! Tem! – Gemi enquanto falava, pois o senti pegando nas minhas nádegas. Ah meu 
Deus! Como vou resistir?!

Suas mãos rapidamente avoaram para meus cabelos e os afastaram do pescoço, assim 
dando espaço para ele beijá-lo. E foi o que o maldito fez. Meus lábios se abriram instantaneamente ao sentir sua boca preenchendo meu pescoço de beijos quentes e molhados. Meu corpo se contorceu diante do toque das mãos dele. Eu tinha certeza que iria cair a qualquer momento se ele não estivesse me segurando.



...CONTINUA!...

Será que ela vai conseguir resistir a esse Aguiar?
Me dizem aí: Sim ou não?
Será que essa "greve de sexo "vai durar até o casamento?

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